volta ao princípio que somente há
quando se olha por sobre o ombro do mundo
para a suspeita de um outro
olhar digamos uma infância de ouro
em mergulhos no mar depois entregue
ao conhecimento sob a secura do sal
de certos peixes e curtidos ou pela
mão
da memória sereia
levando-te de labirinto a abismo
e te naufraga com a melopeia do cinematógrafo
de uma qualquer cena onde a dor traçou
com pungência a sua presença
tua voz declara daqui
rolei montanha abaixo
volta volta a qualquer outro
sísifo ou samsa como hoje acordas
escuta os anos
vão como teu nome muda
questiona-te essa uma vida que portas
de que é feita pedra ou merda
muda muda passa
por tudo como água
alto bambu
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