trago-te ao peito
foi a promessa feita à estrela
por entre todos
os acontecimentos que inevitavelmente nos enredam
vejo-te içar a pedra do dia-
a-dia
ajustar a couraça fendida
de tantas batalhas o elmo do teu rosto
iluminado pelo sol embora circunspecto
e lúgubre ir pelos caminhos devidos
trilhas as vias com cautela estendes
ao próximo a delicadeza ao longo
destes
jardins de vidro e metal
sabes bem a regra circular do encontro
com o outro educação e karma são a mesma moeda
ainda assim és conduzida à arena
e sobre o teu corpo já cansado outros
pesos se sobrepõem por vezes
até o meu literal e metafórico
ao chegares posso ou não estar suspenso
na espera dos embates e desvios
retornamos e caímos sempre
pelo magnetismo do abraço
digo porto-te trago-te ao peito
o susto porém
à despedia levanta
por fim o pano de sobre as coisas
até revelar o vazio ferrando os dentes no real
deixado ao abandono pela crença
deitada no chão de sisal a tua voz
indaga pode um mundo
ser
amparado e erguido pela promessa
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