o dia todo o dia é um
peso primeiro sob as asas
depenadas mortalha de inverno
cobrindo-te durante a tua ausência
de corpo presente
depois enquanto langor
lenta travessia pelo lamaçal
sobre pedra e alcatrão
até a angústia de agrilhoar à cadeira
e só os olhos
entregues à balística
tocam o mundo
por fim enrodilha-se o frio
e cansaço ou morfeu impõem-se
como a gravidade pende a luz
para um outro dia lázaro
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