quinta-feira, 5 de janeiro de 2017
Apresentação - Filosofia e as Artes
participação com o poema:
Auto-retrato Nu de 1910 a 2015
corpo suspenso e envolto
em aura branca neblina
e mãos que obstam o que vem
indefeso na sua nudez
sua quase magreza mostra
a tensão do combate
o corpo tornado arena às forças
ex-posto justo ao limiar o esgotamento
marca-se no rosto patético
torção do torso quase desistência
posição de último recurso antecedendo
o desfalecimento a última palavra a que se silencia
corpo cujas mãos e rosto aduzem
bem para além da angústia
o desvanecer o dissipar
– talvez essa aura em torno da linha
aprumada e definida do corpo seja o esfumar
de uma vida a caminho da impercepção –
do homem
rosto mãos
pedem o nosso auxílio
(revisitação deste aqui publicado)
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